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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Em defesa do Poder Legislativo de Suzano

A casa legislativa é um espaço privilegiado para o debate político e para a convivência civilizada, democrática e pacífica do contraditório, da pluralidade e dos diferentes interesses que compõe a sociedade. E este jogo muitas vezes é pesado.

De sua correta articulação dependem os interesses e direitos fundamentais das pessoas e dos cidadãos. Hoje não é mais o tempo em que a cidade de Suzano estava submetida aos coronéis e aos proprietários de terra e de negócios.

Só este aspecto deixa claro o grau de constrangimento ao qual deve estar submetido um grande número de vereadores ao ver, em uma mesma página de jornal, adversários históricos colocados lado a lado como se o espaço de disputa e construção política fosse um templo que celebra diariamente a comunhão e o perdão entres as almas.

E para agravar, hoje o legislativo de Suzano vive a pior fase de sua história com relação a sua gestão administrativa e política. Infelizmente são jogados fora anualmente pelo menos 14 dos 18 milhões de dinheiro público que fazem parte do orçamento da casa legislativa.

Não podemos admitir que uma cidade pujante como Suzano, que possui um prefeito Jovem, corajoso e inteligente que vem conduzindo a gestão política da cidade de modo nunca visto antes, que coloca Suzano em novo patamar de desenvolvimento econômico, social e cultural, não tenha um plano diretor aprovado. Este projeto tão importante está dormitando na câmara de Suzano a dois anos e meio.

Também não é possível aceitar uma administração da casa legislativa que não cumpra a proporcionalidade política que foi determinada pelas urnas. Hoje o partido com maior bancada da câmara, o PT, partido do prefeito Marcelo, não possui nenhum espaço para operar a casa legislativa além do mandato de seus vereadores – professor Luizinho, Derli do PT, Quitéria e Alonso de Almeida. Isto é um absurdo. Faz com que o legislativo se torne fraco e menos representativo do que já é, dado a própria debilidade do sistema eleitoral.

Por conta disto, neste dia do vereador, já que vai haver comemoração, é necessário sair às ruas para defender os legítimos interesses políticos por fome de justiça que trazemos em nosso coração. Não podemos permitir que um poder tão importante para a república brasileira e para as cidades possa ter exemplo na atual mesa gestora do legislativo suzanensse.

Sabemos que há vereadores valorosos, contudo não é o caso dos que compõe a mesa diretora da câmara de Suzano. Não dá para aceitar calado ver vereadores que se colocam como paladinos da justiça e de fiscalizadores eficientes da coisa pública, mas que na verdade não colocam o Plano diretor da cidade para votar, possuem empresa e não registram corretamente seus funcionários, gastam com usura o dinheiro do povo em promoção pessoal e em propaganda, fazem projetos de lei de baixa qualidade e inconstitucionais, contratam empresa privada para reformar a lei orgânica.

E ainda tem outras questões que queremos a partir de agora colocar para o conjunto da população e trazer para o debate público aspectos importantes da disputa política local.

Afinal, ao final do mês de setembro, que foi ontem, completou nove meses da atual legislatura, e parece que o “bichinho” gerado nasceu, e posso ver que nasceu com unhas e dentes para tentar dominar a cidade. Com certeza isto será difícil de acontecer, pois: o povo de Suzano não é bobo.

Quero também aqui conclamar o Partido dos Trabalhadores e seus aliados para não pactuar com esta “farra do boi”, e conclamar a bancada do PT para defender o sentido dos próprios mandatos e o sentido da casa legislativa e, também, do conjunto dos bons vereadores desta cidade, repudiar de modo solene esta situação.


Rosenil Barros Orfão
Secretários Municipal de Participação Popular e Descentralização

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